terça-feira, 29 de abril de 2014

Livro - Silenciosamente, Amor! Cap.I

Silenciosamente, Amor!



"Escrevendo um livro, chamado "Silenciosamente, Amor!" que será postado conforme escrevo. É um romance com muito drama ambientado na nossa realidade crua e violenta, onde duas pessoas muito traumatizadas, Pablo e Júlia, se encontram ao acaso e à partir dali nunca mais serão os mesmos".   





CAPÍTULO I - OCASIONALIDADES


Em uma rodoviária repleta de pessoas carregando malas e mochilas para todos os lados, crianças chorando, idosos perdidos, funcionários das empresas já estressados com o frenético movimento de pessoas, ônibus partindo e chegando a todo instante, uma tarde de caos. Ela, com os cabelos encaracolados e castanhos levemente tingidos de loiros, corre arrastando uma mala com rodinhas com o braço direito e carregando no ombro esquerdo, tentando não deixar cair uma enorme e pesado bolsa colorida.
 - Com licença! Por favor, licença! Calma senhora! Ela aflita e com pressa corre para não perder o ônibus. Seus cabelos bagunçados coem sobre o seu rosto e entram em sua boca diante da respiração ofegante da jovem mulher. Em seu rosto traços fortes e cansados que somem diante do caos daquele terminal rodoviário lotado. Ela não muito alta e com um sapato vermelho de salto médio tenta em vão avistar a plataforma 36 para ver se seu ônibus ainda está por lá. Já nervosa com aquela situação, já cansada da correria, pois havia aqueles minutos, feito mais exercício físico do que o mês inteiro que passou. “Preciso emagrecer urgente! Um metro e sessenta e três centímetros, sessenta e oito quilos, Trinta e dois anos. Meu Deus!” Pensou ela enquanto limpava o suor da testa.
- Ei... Espere! Ainda não! Grita a mulher acenando para o ônibus da plataforma 36, que já estava fechando a porta. O motorista ao ver a mulher pisa no freio e torna a abrir a porta, ela acelera o passo e fica ainda mais ofegante. O motorista acena com a mão apressando a mulher, que fecha a cara prestes a xingar o homem, mas mal conseguia respirar, quanto mais xingar. Aos trancos e barrancos a mulher chega à porta do veículo, enfia a mão com força no bolso da calça e retira a sua passagem de embarque. Respira fundo, ajeita o cabelo e sobe de vagar os degraus do ônibus, entregando a passagem ao motorista sem olhá-lo. Ele retira a sua via e devolve o canhoto pra mulher, que adentra pelo corredor apertado do veículo arrastando a sua mala. Todas as poltronas estavam cheias de passageiros, afinal era véspera de feriado, alguns encaram a mulher por ter feito o motorista esperar, outros dormem e roncam como se estivessem em suas casas. Ela olha a passagem, buscando visualizar o número da poltrona, o motorista já atrasado acelera fazendo curvas bruscas, tudo começa a chacoalhar. Ela, naquele corredor apertado e escuro, respira fundo se segurando como pode, até que visualiza o número 44, ou seja, última fileira de assentos e ao lado do banheiro.
- Oi, com licença. Diz ela a um rapaz que está sentado ao lado da janela, assim que chega a última fileira de poltronas. O rapaz ameaça cumprimentar a moça, mas olhando pra frente, para o vazio, exprime apenas um gesto tímido e quase imperceptível com a cabeça. Ela olha para o número da poltrona, marcado no bagageiro acima, desejando que aquela não seja a poltrona número 44. Pois, não lhe parecia prudente sentar do lado daquele homem estranho, magro, com a aparência doente, usando uns óculos com uma das lentes quebradas no canto e com a roupa toda amassada. Os números das poltronas estão meio apagados, mas ela consegue visualizá-los, <3/44, diante daquele ônibus lotado era a única poltrona disponível, ou seja, ela teria q sentar ali, afinal eram quase três horas de viagem. O rapaz se move na poltrona, mostrando-se completamente desconfortável, quando ela se senta ao seu lado. A jovem mulher percebe a atitude estranha do homem e resolve manter certa distancia cruzando os braços, mas a poltrona pequena não ajudaria muito. “É... Afinal serão muitos minutos aqui, só me resta dormir, antes que esse doido diga algo, mas duvido que faça isso, parece que está morrendo de medo de mim.” Pensa a mulher, que em seguida retira seu smatphone da grande bolsa colorida, vai até a função
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alarme as pressas e sem verificar muita coisa, coloca pra despertar dali a duas horas e vinte minutos. Tempo excelente para um cochilo e enfim descansar daquela viagem de trabalho maluca e desgastante, pois, mal tinha conseguido dormir na noite anterior.

- Oi linda, meu nome é Alex! E o seu? Pergunta um homem alto, forte e moreno de olhos verdes ao chegar ao lado, e bem pertinho do ouvido de uma moça de cabelo claros e encaracolados. Ela está em pé no balcão de um bar conversando feliz com a amiga e vira-se rapidamente meio sem jeito, para ver quem está falando, quando se depara com um belo e sensual sorriso.
- Meu nome é Júlia! Diz ela sorrindo também.
- Oi, e o meu é Meg. Responde a amiga ao lado.
- E o que duas moças tão belas fazem sozinhas em um bar? Esperando o namorado?
- Não! Só tomando uma cerveja pra se distrair um pouco. Responde Júlia ajeitando o cabelo.
- Uma loira e uma morena, tão bonitas assim, dando sopa em um bar... Cuidado tem muito garanhão a solta por aí!
- É... Já percebi. Diz Meg, e todos riem...
Júlia e Alex caminham pelo gramado do parque, rodeados por lindas flores, ela não consegue tirar os olhos daquele sorriso lindo, daqueles olhos castanhos claros, meio esverdeados diante daquele gostoso sol de uma tarde de primavera. Ele olha pra frente, imponente, com seu peito largo e esguio, até que se dá conta que está do lado da moça e rapidamente desvia o olhar e a abraça. Depois acaricia com suas grandes mãos o rosto da moça, beijando-a suavemente.
- Te amo! Minha linda! Diz Alex a namorada, que se enche de felicidade. Ela lembra-se do tempo que tinha demorado para aquele homem maravilhoso cair em seu destino. Júlia quase aos 30, já estava desistindo de encontrar a pessoa certa, quando de repente, em um simples barzinho, aquele lindo homem sussurrou em seu ouvido.
- To com fome meu amor! Hoje você paga, tá! De novo né! E Alex sorri para a moça, abraçando-a bem forte...

O ônibus antigo permanece parado na plataforma, muitas pessoas descem e motorista aflito tenta dar conta daquela bagunça na frente da porta do veículo, bagagens sendo retiradas, pessoas pedindo informação. E lá no fundo do ônibus, na ultima fileira de poltronas, um homem magro de óculos e de lindos olhos azuis, está aflito sentado na poltrona ao lado da janela. Ele leva a mão aos olhos, esfregando-os e bagunçando os seus óculos, o homem jovem está suando e desconfortável produz um grunhido baixo ao limpar a garganta. “Ah-ahhhh.” Insiste ele, mas a mulher de cabelos aloirados ao seu lado continua dormindo profundamente, como se estivesse sonhando com o paraíso. O homem fecha os olhos, agarra-se a poltrona suando frio, e respirando pesadamente, era como se ele estivesse preso em um cubículo escuro, cercado por paredes grossas de concreto. Mas não, estava ele ao lado de uma jovem mulher, em uma poltrona apertada, nos fundos escuros de um ônibus, sobre uma noite nublada. O rapaz olha para os lados, sem ver como sair dali. “Não há como sair! Pular pela poltrona da frente! Talvez, mas não... é apertado de mais. Pedir licença, acordar a mulher ao seu lado! Impossível ela está imóvel. Pular por cima dela! Não sei... Não consigo!!!” Os pensamentos frenéticos e desconexos, dominavam a cabeça do rapaz, que permanece imóvel. Ele enfia a mão no bolso da calça rapidamente e pega um frasco redondo de comprimidos, abre-o as pressas e com dificuldade tenta tirar um comprimido. O nervosismo o domina e ele acaba virando o frasco diretamente na boca engolindo à seco seu medicamento. Alguns comprimidos caem em seu colo, mas são ignorados pelo rapaz que fecha o frasco rapidamente e devolve-o ao bolso da calça. Ele permanecendo imóvel e de olhos fechados tenta acalmar-se respirando profundamente, pensando em coisas suaves e
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tranquilizantes, mas a aflição permanece. Aos poucos ele vai se acalmando e depois de alguns minutos imóvel sua respiração segue normal e tranquila.      
Um homem magro, de óculos e olhos azuis caminha por um corredor pequeno, ele carrega consigo uma pasta marrom e grossa em uma das mãos e várias sacolinhas plásticas de mercado na outra mão. Ele para em frente ao apartamento 43 e desajeitado retira as chaves do bolso. Segurando tudo aquilo, ele tenta em vão abrir a porta do apartamento, fazendo muito barulho com o farfalhar das sacolinhas, quando de repente, em um único estalar a porta se abre por dentro.
- Oi amor! Obrigado. Estou carregado aqui. Diz o homem a linda e loira mulher de olhos azuis que abre a porta. Ela sorri sem graça para o rapaz e ele percebe que os olhos dela estão vermelhos e mareados.
- O que foi amor? Tava chorando? O homem entra preocupado no minúsculo apartamento, coloca as sacolas e a pasta sobre a mesa da cozinha que está próxima, coloca as chaves sobre a mesinha da sala de estar e dá um beijo rápido em sua mulher. “O que aconteceu?” Pergunta ele.
- Pablo. Hoje levei os exames ao médico.
- Ué. Mas já tinha feito?
- Fiz na semana passada, não disse pra não te deixar ansioso, preocupado.
- Bobeira, se tivesse dito eu iria com você meu bem. Ele com seus polegares enxuga as  lágrimas da mulher e a abraça.
- Assim, como é normal em minha família, eu também to com ele. O homem fica surpreso e abraça ainda mais forte a esposa.
- Não fala isso! Não pode ser! Você se cuida, e está tão bem! Joanna meu amor, não diz isso! Os olhos do homem enchem de lágrimas e seu rosto é tomado por um semblante triste e carregado. Pablo acaricia as costas da combalida mulher que chora em seu ombro, os óculos do jovem homem enrosca nos cabelos loiros de Joanna e diante do movimento brusco caem no chão...
          
- Parabéns Juh!
- Oi Meg! Obrigado. Entra tá todo mundo aí! As amigas se abraçam e Meg entra na casa da radiante Júlia. A sala está cheia de gente, uma música alta e animada ecoa pela grande casa, bebidas, petiscos, pizzas adornam aquela comemoração feliz. 
- Nossa! Tão pouco tempo, que legal amiga! Noivarem assim, do nada, parabéns!
- Ah, não foi tão do nada assim, estamos falando disso faz tempo, você sabe, é minha melhor amiga. Fala Júlia.
- Não Juh, eu sei, É só modo de dizer. Você merece amiga! E Meg impaciente abraça Júlia.
- E também, não é bem um noivado, nem marcamos data ainda, é só mais uma festa para os amigos e chegados pra avisar que pretendemos logo nos casar. Fala Júlia muito feliz.
- E o Alex. Cadê? Pergunta Meg a amiga.
- Ah, não sei. Essa casa é tão grande, muitos quartos, tá por aí com a galera, ele já tá bem alegre. Você sabe, se tem bebida ele enche a cara! Diz Juh à amiga. E a festa continua rolando com música alta, muito rapazes fazem competição pra ver quem bebe cerveja mais rápido. No canto escuro do corredor, um casal de jovens está aos beijos e amaços quentes no embalo da música alta e dançante. Alguns minutos se passam, Júlia se diverte muito com os amigos, quando um deles aparece pulando, gritando e segurando uma garrafa de cidra de maça em uma das mãos e duas taças de plástico na outra. “Se é um noivado tem que ter brinde com Champagne e braços entrelaçados!” Todos riem com a brincadeira, amontoados e segurando nos ombros de Júlia todos vão a procura do noivo. Muitos continuam curtindo a festa sem se dar conta do ocorrido, outros já bêbados tentam acompanhar a bagunça pelos corredores da casa, mas não conseguem.
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Todos procuram Alex na cozinha, nos banheiros, na varanda, nos quartos mais próximos até só restar a último quarto, o de Júlia e do futuro noivo. Ela vai à frente, seguida dos amigos e da bagunça, o som alto e dançante domina o corredor apertado, feliz e influenciada pela bagunça dos amigos ela abre a porta do seu quarto bruscamente e invade o cômodo. Júlia fica imóvel, em choque, todos os amigos atrás dela mudam de uma felicidade contagiante e barulhenta, para um silencio mórbido e espantoso. Debruçada sobre a cama com a saia erguida na cintura, sem calçinha e com seus cabelos negros e esvoaçantes, está Meg. Alex embriagado, com as calças na altura do joelho e de camiseta, à segura por trás firmemente e tem uma das mãos embrenhadas em seus cabelos, em uma clássica cena de sexo selvagem. Meg rapidamente se joga em baixo dos lençóis cobrindo o seu corpo, Alex meio sem saber o que está acontecendo se vira em direção à porta com o pênis ereto e sem camisinha. Ao ver todos ele empalidece. Júlia fica enojada, não acreditando no que está diante de seus olhos, os amigos boquiabertos, permanecem calados. Mil coisas vêm à mente da jovem, as primeiras carícias, o primeiro beijo com Alex, o dia em que se conheceram. E uma lembrança cruel, a amiga Meg ao seu lado naquele bar, sorridente e também enfeitiçada pelo sorriso largo e fácil de Alex. Júlia se vira, vai em direção aos amigos empurrando-os, quer por que quer sair daquele quarto, está sufocada, atordoada, o choro comprime a sua garganta, e as lágrimas escorrem pelo seu lindo rosto. Ao passar pela sala correndo, ela tropeça nos fios do aparelho de som, que arrebentam produzindo um estampido ensurdecedor que chama a atenção da festa toda. Alex desajeitado ergue as calças e sai correndo do quarto, passa pela fileira de pessoas pasmas, enquanto que Júlia já está no portão em prantos, ela o escancara com força e corre para a rua. Alex corre atrás dela gritando por seu nome, quando vê ainda do quintal, dois faróis ofuscantes contornarem a esquina. Júlia atônita, de cabeça baixa não consegue perceber o risco que está correndo e continua a correr. Quando ela percebe a luz amarela e forte, vira a cabeça para o lado, e seu coração palpita freneticamente.  Em um tempo infinitamente grande e pequeno ao mesmo tempo um turbilhão de sonhos e lembranças vem a sua mente, entre estes está a imagem de um lindo bebê de olhos verdes e cabelos escuros. O carro à acerta e a jovem cai desacordada diante dele...

As luzes dos faróis dos carros na estrada entram pela janela do ônibus e incomoda a moça de cabelos encaracolados que dorme na poltrona ao lado do banheiro, seu sangue parece congelar em seu corpo e ela acorda de súbito e aflita.  O velho ar condicionado diante da noite fria parecia funcionar perfeitamente, ela olha para o lado e lá está o rapaz estranho ainda imóvel na poltrona. A jovem mulher retira do bolso da fina blusa seu smartphone e olha as horas, tomando um susto ao ver o horário.
- Caramba! Não pode ser! Ela retira o cinto de segurança e caminha pelo corredor do veículo em direção ao motorista.
- Senhor. Ainda não chegamos à cidade? Pergunta ela, estranhando o jovem magrela que conduz o ônibus.  
- Senhora faz tempo que já passamos da cidade, umas duas horas.
- O quê! Não pode ser! Eu nem fui avisada.
- Senhora eu troquei com o motorista lá, avisei várias vezes o destino. A senhora é quem tinha que saber onde ia descer. Fala o motorista de forma desdém. Júlia fica irritada, não acreditando no que estava acontecendo. Ela estava cansada e ansiosa pra chegar em casa, tomar um banho quente e relaxante, dormir enfim uma noite inteira. E agora tinha passado de seu destino estando nem se sabe aonde ainda cansada em com sono, embora tenha dormido por quatro horas direto.
- Motorista falta muito pra chegar á próxima cidade? Pergunta Júlia respirando fundo pra se acalmar.   
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- Uns vinte e poucos minutos. A mulher vira as costas e sai furiosa pelo corredor do ônibus, se segundo como pode para não cair com os solavancos. Ao chegar a sua poltrona se joga sobre esta despertando o rapaz ao seu lado, que abre os olhos calmamente e se ajeita vagarosamente na poltrona.
- Droga! Não acredito que passei mais de duas horas do meu destino. Inferno! Resmunga Júlia. O rapaz ao seu lado olha no relógio com dificuldades devido à escuridão. Ela ao perceber que ele está acordado resolve acender a luz sobre o acento e começa a revirar a sua grande e colorida bolsa, que agora está em seu colo. O rapaz magro, que veste uma jaqueta de couro marrom escuro, percebe o estado de irritação da mulher ao revirar a bolsa. Ele está meio sonolento e tem a boca seca e amarga, e ao ver a bagunça dentro da bolsa daquela mulher ao seu lado, lembra que no bolso direito de sua jaqueta tem uma caixinha de chicles. Ele tomando cuidado para não acertar o braço na mulher, se espreme na poltrona até conseguir retirar a caixinha e sem perceber derruba um papel que estava em seu bolso. Ele abre a caixinha e lá está apenas o último chicle, coloca-o na boca e por instantes sente o gosto doce e azedo de morango, sentindo-se aliviado em acabar com aquele gosto horrível em sua boca. Júlia nota que o homem derrubou algo do bolso sem perceber, o papel azul cai ao chão e a jovem abaixa para pegá-lo. É o recibo da passagem rodoviária. Ela ao pegá-lo, involuntariamente, apenas porque tinha algumas palavras escritas, acaba lendo o nome do passageiro, a origem e o destino, iluminados por aquela luz fraca acima. O nome estava escrito com garranchos e o sobrenome estava rasurado. “Pablo” foi a única coisa que Júlia consegui ler do nome do rapaz. Já o campo destino daquela passagem deixou a moça intrigada, era o mesmo que o seu e estava duas horas e tanto pra trás.
- Desculpe, mas caiu do seu bolso. Diz a mulher entregando a passagem a Pablo. O rapaz surpreso agradece fazendo um gesto coma cabeça e pega a passagem.  
- Obrigado! Diz depois ele, tímido e com uma voz baixinha.
- Desculpe de novo, mas eu vi o destino do senhor, ficou lá atrás, era o mesmo que o meu.
- Ah, sim. Você tava dormindo e eu não conseguir descer...
- Oi? Não entendi. Júlia fica surpresa com o que ouviu e fica apreensiva. Pablo tenta desconversar e sabe que não deveria ter dito aquela frase, mesmo sendo a verdade.
- Eu... Depois meio que cochilei também. 
- Se você tava acordado porque não me chamou? Assim teríamos decido os dois. Diz a mulher irritada.
- Eu chamei você estava dormindo pesado, parecia meio...
- Drogada! Por que se você me chamou e eu não acordei!
- Não. É... Parecia meio cansada. E eu também não chamei tão alto assim.
- Que tipo de retardado perde o destino porque tem alguém dormindo ao seu lado? - fala Júlia baixinho, quase que num pensamento alto, depois nervosa ela sobe o tom. - Fala sério rapaz! Podia ter me cutucado, passado por cima, chamado alguém, sei lá!
- É... Desculpa, podia, mas... Fala Pablo sem graça, que em seguida boceja de sono. Júlia vê aquele homem estranho ali, e pensa estar do lado de alguém com problemas mentais. Ela percebe que está se exaltando, respira fundo tentando se acalmar, não diz mais nada e apaga a luz acima. Mas, em pensamentos xinga e esbraveja enquanto fecha com rispidez do zíper da bolsa, não acreditando no dia de azar que está tendo. Júlia segue emburrada sentada ao lado de Pablo que mais uma vez boceja e acha melhor também encerrar a conversa, diante da brava moça de cabelos encaracolados.



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quinta-feira, 24 de abril de 2014


"Faça como a água de um rio, mova montanhas, transpasse obstáculos  com a força de sua insistência e ao mesmo tempo seja suave, doce, refrescante e irrigue com vida tudo o que está ao seu redor."
         Fernando Almeiza    

sábado, 15 de março de 2014

Culinária - Frango ao Molho de Chocolate


Esta receita virou sucesso depois de ser mostrada no filme "Chocolate" com Juliete Binoche e Johnny Depp. Na foto acima, que eu tirei do prato que fiz em casa, até parece que é só um frango com chocolate em cima, mas não é, como mostra a receita. Eu fiz e aprovo, é um molho doce como o barbecue, mas é apimentado, aqui no Brasil não costumamos apreciar o agridoce, mas quem gosta de costela com molho barbecue acho que vai gostar.   

Ingredientes: 
- 5 coxas com sobrecoxas de Frango;
- 1 xícara de Chocolate em Pó; 
- 5 Cebolas médias;
- 2 colheres de chá de Açúcar Mascavo;
- 6 dentes de Alho;
- 1 colher café de Curry;
- 2 colheres de café de Pimenta do Reino;  
- 1 xícara de Vinagre;
½ xícara de Azeite;
½ litro de Água;
- Sal a gosto;                       



                                                                                                  
Modo de Preparo: 
- Tempero do frango: Em uma vasilha grande coloque as coxas com sobrecoxas de frango limpas e sem pele, o Curry, 1 das colheres de Pimenta do Reino, o Vinagre, 3 dos dentes de Alho picadinhos, Sal a gosto e reserve.

- Base para o Molho de Chocolate: Em uma panela grande e em fogo médio coloque o Açúcar Mascavo e deixe-o derreter, acrescente as Cebolas, que foram cortadas em rodelas finas e depois em tiras pequenas, coloque uma pitada de Sal, ½ xícara do azeite e 1 xícara de água. Mexa até o açúcar desgrudar do fundo da panela, depois tampe-a para abafar, se necessário acrescente mais água aos poucos até a cebola cozinhar (cerca de 20 minutos). A Cebola deve ficar bem passada e com uma tonalidade marrom escura. Reserve.
  
- Fritada parcial do frango: Em uma frigideira grande e em fogo médio coloque o restante do azeite e o frango, deixe fritar ambos os lados até começar a dourar (cerca de 15 minutos). Essa epata não tem o objetivo de fritar o frango e sim apenas selar a carne. Retire da frigideira as coxas com sobrecoxas e reserve-as, acrescente a água que sobrou no fundo da frigideira, deixe aquecer um pouco e  depois despeje a mistura na panela com a Cebola.   

- Cozimento do frango: Pegue a panela com a Cebola e leve-a em fogo médio, acrescente o restante do alho e da Pimenta do Reino e uma pitada de Sal, mexa bem e quando ferver acrescente o frango para terminar o cozimento (cerca de 20 minutos). Após o cozimento retire o frango da panela e coloque em uma bandeja. 

- Molho de Chocolate: Pegue a base do molho ao qual foi cozido o frango, e leve a um processador (ou liquidificador), processe por alguns instantes e depois leve a mistura de volta a panela, deixe ferver e acrescente o Chocolate em Pó, mexa bem e deixe cozinhar por alguns instantes, e está pronto. Depois despeje o Molho de Chocolate sobre o frango na bandeja e aproveite!!!    





sábado, 8 de março de 2014

Culinária - Bolo de Milho com Cenoura


Ingredientes: 
- 1 lata de Milho Verde;
- 1½ xícara de Cenoura Ralada
- 2 xícaras de Leite;
- 3 colher sopa de Leite em Pó;
- 1 caixa de Creme de Leite;
- 1 xícara de Queijo Ralado;
½ xícara de Margarina Derretida;
- 3 xícaras de Farinha de Trigo; 
- 2 xícaras de Fubá;
- 2 xícaras de Açucar;                       
- 3 Ovos;                        
- 1 colher chá de Fermento em Pó;
                                                                                                       
Modo de Preparo: 
Coloque o Milho Verde no liquidificador e bata com o Leite. Acrescente posteriormente no liquidificador os ingredientes: Leite em Pó; Creme de Leite; Manteiga derretida; Farinha de Trigo; Fubá; Ovos; Bata novamente até misturar bem. Por fim, acrescente o Queijo Ralado, a Cenoura Ralada e o Fermento em Pó, bata por alguns instantes e despeje a mistura em uma forma média untada com margarina e farinha de trigo. Leve ao forno em 180 ºC por cerca de 40 minutos, deixe esfriar e "Devore". 


quinta-feira, 6 de março de 2014

RESUMO DA DIETA DUKAN

Resumo Responsável

Você pode eliminar até 15 kilos no primeiro mês se seguir a dieta a risca, esta é eficiente em 80% dos casos. Esta dieta é dividida em 4 fases distintas com durações diferentes e dependentes da quantidade de kilos que se deseja perder. Esta dieta foi desenvolvida e testada pelo Doutor Pierre Dukan, que publicou vários livros sobre a dieta, sendo os dois principais: “Eu não consigo emagrecer” e “Receitas Dukan – Minha dieta em 300 receitas”. A dieta Dukan baseia-se na eliminação da gordura ingerindo apenas proteína (onde o organismo é forçado a queimar a gordura corporal) e na adoção de uma vida mais saudável, realizando a restrição quase que total de alimentos com pouco ou nenhum valor nutricional (refrigerante, doces, massas, fast-food, etc) e adotando atividades físicas de forma moderada, mas contínua. A perda rápida de gordura na adoção de uma dieta apenas de proteína já é conhecia a muito tempo, mas o diferencial da dieta Dukan é a forma como a dieta é adotada, pois uma dieta de proteína aplicada de forma prolongada garante uma perda rápida de gordura, mas pode debilitar seriamente o organismo, e diante de um esforço muito extremo o organismo tende a reter mais calorias fazendo que os kilos perdidos sejam facilmente ganhados quando a dieta é interrompida.



1ª FASE – ATAQUE

Tem como objetivo forçar a eliminação rápida de gordura e líquidos.
Dieta baseada na ingestão de apenas proteína.
Duração máxima de 10 dias obrigatoriamente, quanto mais quilos se pretende eliminar maior o tempo em dias da dieta Ataque. No geral 4 dias para cada 10 kilos que se pretende perder, com o mínimo de dias igual a 2.

Obrigações

- Comer 1½ colher sopa de farelo de aveia por dia;
- Beber no mínimo 1½ Litros de água por dia;
- Não ingerir carboidratos, gorduras e açucares ou ingerir o mínimo possível;
- Realizar 20 minutos de caminhada moderada por dia;
- Fazer 6 refeições ao dia (realizar as refeições indispensáveis café da manhã, almoço e jantar);

                O que comer?

- Ovo (no máximo 3 ao dia);
- Carnes vermelhas magras – qualquer tipo, deis que se tire a gordura (exceto costela, cordeiro, pato, etc);
- Frango – retirar toda a pele (exceto asa e costela);
- Peixes e frutos do mar – todos (retirar excesso de gordura se tiver);
- Laticínios leves e sem açúcar;
- Iogurte sem gordura;
- leite de soja sem açúcar;
- carne de soja;
- Tofu;  
- Temperos: vinagre, cebola, cebolinha, alho, limão, mostarda, curry;
- Adoçantes;

O que NÃO comer?

- Não beber suco de frutas ou vitaminas, de nenhuma mesmo;
- Não comer nenhuma fruta, de qualquer tipo;
- Não comer legumes e verduras;
- Não ingerir óleo, manteiga ou azeite, de forma alguma; (dica para não grudar na panela: colocar duas gotas óleo e espalhar com papel toalha no fundo da panela, e utilizar marcas com teflon).
- Não comer pão, de nenhum tipo, nem mesmo integral;
- Não comer arroz, feijão, batata, lentilha, trigo, milho, ervilha, grãos em geral;
- Não utilizar temperos gordurosos e com açúcar (catchup e cubinhos de caldos de carne, frango, etc);
- Não comer doce e nem chocolate;
- Não beber refrigerante;
- Não comer nada que não esteja listado no item “O que comer”;

Quando e quanto comer?

- Comer quando tiver fome, respeitando as 6 refeições por dia e as 3 principais;
- Comer o quanto que quiser, evitando exageros;


Precauções

- Se você tem algum problema de saúde grave não realize a dieta, e em caso de doenças crônicas consulte um médico;
- Ao passar mal, pare imediatamente a 1ª fase e passe pra 2ª fase, se persistir o sintoma pare com a dieta;
- Se houver ressecamento intestinal passe a usar uma colher de chá de farinha de trigo por dia;
- Beba bastante água, e nas refeições beba água para ajudar na digestão;
- Pode ocorrer mal hálito devido a dieta restritiva;

2ª FASE – CRUZEIRO

Tem como objetivo forçar a eliminação de gordura, porém, esta ocorrerá de forma mais lenta que na 1ª fase. Deve-se Intercalar a dieta da 1ª fase (Ataque) com a dieta de ingestão de apenas proteínas e vegetais (Ataque + Vegetais), na frequência de 1/1, ou seja, um dia para cada dieta.
Duração 6 dias de dieta Cruzeiro para cada kilo que se deseja eliminar. Em um dia come-se apenas a dieta Ataque e no outro dia come-se a dieta Ataque com o incremento dos Vegetais, repetindo esta troca até o final dos dias. Exemplo: Querendo-se eliminar 5 kilos esta fase terá a duração de: 6 dias x 5 kilos = à 30 dias de dieta Cruzeiro, intercalando os dias entre a dieta Ataque e a dieta Ataque + Vegetais. 

Obrigações

- Comer 2 colheres sopa de farelo de aveia por dia;
- Beber no mínimo 1½ Litros de água por dia;
- Não ingerir carboidratos, gorduras e açucares ou ingerir o mínimo possível;
- Realizar 30 minutos de caminhada inicialmente moderada e ir aumentando-se a intensidade para que no final desta fase o ritmo seja forte;
- Fazer 6 refeições ao dia (realizar as refeições indispensáveis café da manhã, almoço e jantar);

                O que comer?

- O mesmo que na dieta Ataque, 1ª fase;
- Comer bastante e variadas porções de Legumes e Verduras;
- Comer poucas quantidades de cenoura e beterraba, 1 porção apenas nos dias que podem, pois estas possuem muito açúcar;

O que NÃO comer?

- Não beber suco de frutas ou vitaminas, de nenhuma mesmo;
- Não comer nenhuma fruta, de qualquer tipo;
- Não ingerir óleo, manteiga ou azeite, de forma alguma; (dica para não grudar na panela: colocar duas gotas óleo e espalhar com papel toalha no fundo da panela, e utilizar marcas com teflon).
- Não comer pão, de nenhum tipo, nem mesmo integral;
- Não comer arroz, feijão, batata, lentilha, trigo, milho, ervilha, grãos em geral;
- Não utilizar temperos gordurosos e com açúcar (catchup e cubinhos de caldos de carne, frango, etc);
- Não comer doce e nem chocolate;
- Não beber refrigerante;
- Não comer nada que não esteja listado no item “O que comer”;

Quando e quanto comer?

- Comer quando tiver fome, respeitando as 6 refeições por dia e as 3 principais;
- Comer o quanto que quiser, evitando exageros;


Precauções

- Ao passar mal, pare imediatamente a 2ª fase e procure um médico.
- Se houver ressecamento intestinal passe a usar uma colher de chá de farinha de trigo por dia;
- Beba bastante água, e nas refeições beba água para ajudar na digestão;
- Pode ocorrer mal hálito devido a dieta restritiva;
- Cada organismo reage de uma forma, e nesta fase pode dar a impressão que não está havendo emagrecimento, pois este é mais lento mesmo, espere uns dias para se pesar. Além disso, pode estar havendo um ganho de massa muscular devido aos exercícios físicos, o que não é mostrado na diminuição do peso na balança, ainda mais se o indivíduo tinha anteriormente uma vida sedentária. Para pessoas com pouca gordura pode até haver um ganho de peso, dependendo da intensidade da atividade física. Em nenhum caso interrompa a dieta, se durante 15 dias não houver diminuição do peso, pode ser que o seu organismo se adaptou rápido a essa dieta restritiva. Caso você seja uma pessoa mais jovem e mais saudável, pode-se aumentar a frequência da dieta Ataque na intercalação de dias, 2(Ataque)/1(Ataque+Vegetais), 3/1 ou 5/2, mas isso só deve ser feito para um espaço de tempo de no máximo 30 dias. E caso tenha dúvidas quanto a sua saúde não aumente a frequência da dieta Ataque, pois quanto mais dias se faz a esta dieta para menos dias da outra dieta (com vegetais), mais intensa e degradante é a dieta para o organismo.     

3ª FASE – CONSOLIDAÇÃO

Esta 3ª fase tem como objetivo estabilizar o peso e preparar o organismo para se adequar as novas condições de vida e alimentação mais saudáveis, não há emagrecimento nesta fase. É uma fase perigosa e transitória, depois da perda rápida de peso devido a memória corporal de cada um, o organismo tentará reter mais calorias para repor o estoque de gordura perdido, e assim voltar ao peso anterior, por isso esta é a fase mais importante e exige bastante atenção.  
Duração de 10 dias de dieta Consolidação para cada kilo eliminado. Exemplo: Eliminou-se 5 kilos esta fase terá a duração de: 10 dias x 5 kilos = à 50 dias de dieta Consolidação, intercalando os dias entre a dieta Ataque e a dieta Ataque + Vegetais. 

Obrigações

- Comer 2 colheres sopa de farelo de aveia por dia;
- Beber no mínimo 1½ Litros de água por dia;
- Realizar 30 minutos de caminhada forte por dia;
- Comer todos os dias Proteína, Vegetais e Frutas em quantidades menores e equilibradas;
- Comer 2 porções de alimentos Amídicos por semana, ex: abaixo;
- Manter um dia na semana pra comer apenas proteína (1ª fase – dieta Ataque);
- Fazer 6 refeições ao dia (realizar as refeições indispensáveis café da manhã, almoço e jantar);
- 2 pequenas porções por semana de comida livre, festa, jantares, bebidas alcoólicas, mas sem exageros;

                O que comer?

- Comer a dieta Ataque, uma vez por semana;
- Comer bastante e variadas porções de Legumes e Verduras por dia;
- Comer 1 porção de fruta por dia (maça, morando, melancia, melão, mamão. etc);
- Comer poucas quantidades de carne com um pouquinho mais de gordura por dia;
- Comer 2 fatias de pão integral por dia;
- Comer até 40 g de queijo branco ou mussarela;
- Comer alimentos Amídicos em pouca quantidade e 2 vezes por semana (arroz, feijão, batata, massas integrais, polenta, lentilha, milho, ervilha, etc);

O que NÃO comer?
- Não ingerir óleo, manteiga ou azeite, de forma alguma; (dica para não grudar na panela: colocar duas gotas óleo e espalhar com papel toalha no fundo da panela, e utilizar marcas com teflon).
- Não comer pão sem ser integral;
- Não comer diariamente arroz, feijão, batata, lentilha, trigo, milho, ervilha, grãos em geral;
- Não utilizar temperos gordurosos e com açúcar (catchup e cubinhos de caldos de carne, frango, etc);
- Não comer doce e nem chocolate em muitas porções e esporadicamente;
- Não beber refrigerante;
- Não comer nada que não esteja listado no item “O que comer”;

Quando e quanto comer?

- Comer quando tiver fome, respeitando as 6 refeições por dia e as 3 principais e respeitar os dias de restrição;
- Comer o quanto que quiser, evitando exageros, respeitando os dias de restrição;


4ª FASE – ESTABILIZAÇÃO PERMANENTE

Esta 4ª fase tem como objetivo manter o novo peso e uma vida mais controlada e regrada em se tratando de alimentos de má qualidade nutricional e preservar o hábito diário de fazer exercícios.
Duração o resto da vida.

Obrigações

- Comer 3 colheres sopa de farelo de aveia por dia;
- Beber no mínimo 1½ Litros de água por dia;
- Realizar 30 minutos de caminhada forte por dia;
- Comer todos os dias Proteína de forma moderada, Vegetais livremente e Frutas em apenas  duas porções;
- Comer 2 porções de alimentos Amídicos (dieta Cruzeiro);
- Manter um dia na semana pra comer apenas proteína (dieta Ataque);
- Fazer 6 refeições ao dia (realizar as refeições indispensáveis café da manhã, almoço e jantar);
- 2 porções por semana de comida livre, festa, jantares, doces, refrigerantes, bebidas alcoólicas, mas sem exageros;

                O que comer?

- Comer de tudo de forma moderada e equilibrado;
- Ingerir em pouquíssimas quantidades óleo, manteiga ou azeite;
- Comer preferencialmente pão integral, outros tipos só nos dias de comida livre;
- Comer doce e chocolate em poucas quantidades e esporadicamente;

Quando e quanto comer?

- Comer quando tiver fome, respeitando as 6 refeições por dia e as 3 principais e respeitar os dias de restrição;


- Comer o quanto que quiser, evitando exageros, respeitando os dias de restrição;


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