segunda-feira, 20 de junho de 2011

Política - Entre a sombra e a escuridão

É! Amigos, enquanto o partido dos trabalhadores estiver no poder, continuaremos vendo mais e mais escândalos. Depois de tanto questionado, de ser cada vez mais questionado pela imprensa, as justificativas acabaram, e o Palocci rodou pela segunda vez. Depois de supostamente usar o caseiro como testa de ferro, e de investigar sua vida, Palocci caiu pela primeira vez. Agora com rendimentos recordes de sua empresa, ampliando em 20 vezes seu patrimônio em 4 anos, e supostamente sendo o dono do apartamento que aluga, que estaria em nome de um laranja, para despistar a receita, não teve jeito caiu de novo. Agora acho que pro governo não volta mais, mas deve ainda ser deputado, afinal tem cego que prefere não ver o óbvio. O problema é aquele famoso jeitinho brasileiro, até onde deve ir a ética de um político? E o separa o antiético do criminoso? Tá na lei. É crime, mas com esse bando de juízes que acabam por um chamado censo de liberdade às avessas, sempre defendendo esses políticos criminosos, nunca levando a ética em consideração, ou seja, o que se espera de um político, na hora do julgamento. Pegar um político por corrupção nesse país é uma missão impossível. Tá certo que o judiciário trabalha com leis criadas pelos parlamentares, e estes nunca irão criar leis que possam ser usadas contra eles, faltam leis mais claras e maiores punições contra esses crimes do colarinho branco. Mas devido os últimos acontecimentos, do superior tribunal federal como o julgamento da lei da ficha limpa que acabou sendo considerada inconstitucional nas eleições passadas, acabam com o senso de justiça do brasileiro. E contando melhor essa parte, no julgamento do ano passado antes das eleições,  deu empate em 5 a 5 nos votos dos ministros, como faltava preencher a décima primeira vaga, pois são onze justamente para não ter empate, ficou a critério a indicação do presidente Lula, ainda no ano passado, para nomear o décimo primeiro ministro do tribunal superior, que acabaria por desempatar o impasse da validade da lei da ficha limpa, ser ou não para as eleições de 2010. Lula acabou enrolando, enrolando, as eleições passaram, seu governo acabou, os barrados pela lei foram pra geladeira e só esse ano a presidente Dilma nomeou o juiz Luiz Fucs para o cargo. E o que aconteceu? Houve o desempate, e a lei vinda da iniciativa popular, rodou, devendo ser aplicada apenas nas eleições futuras. Fucs junto com os outros cinco juízes considerou a aplicação da lei imediata inconstitucional, e o bando de políticos barrados acabaram voltando à Brasília. Faltou coragem aos senhores excelentíssimo juízes, parece que aquela capinha de Harry Potter não ajudou. Mas logo a lei tá aí e vamos ver no que vai dar. O fato é! Se os políticos não fazem o seu trabalho, não fazem aquilo para que são pagos, cabe a nós, apoiando iniciativas como a que deu origem a lei da ficha limpa, fazer, e tenho certeza que essa não será a última. Uma questão fica no ar: Até que ponto o fato de Dilma indicar um juiz que acabou salvando uma corja, em que muitos são os velhos dinossauros da política, de partidos que apóiam o governo, influenciou em tudo isso. Como presidente ela poderia ter perguntado nos bastidores a posição de Fucs quanto à lei da ficha limpa, para decidir se deveria indicar ele ao cargo ou não, e a atitude de Lula de ficar empurrando a indicação e deixar a bomba pra Dilma. Será que seria antiético, ou apenas falta de respeito com a população. E se a presidente pergunta-se diretamente ao juiz antes de indicá-lo, qual sua posição a respeito da lei da ficha limpa, para poder pensar se deveria indicar ele ao cargo ou não. Seria antiético? É claro que sim, mas sem coragem não se muda um país, e a ética de servir apenas aqueles que a possuem, e não devemos nos sentir injustos, com os antiéticos devemos sempre ser antiéticos. E será que isso é justo? É, realmente não é, estamos entre a sombra e a escuridão. Precisamos ser sempre éticos, e esse é o preceito que o judiciário acaba usando, deixar de condenar um inocente mesmo que isso implique em não punir um culpado. E será mesmo que a lei da ficha limpa é justa? Afinal esses bandos de políticos corruptos foram eleitos por voto popular, afinal esse país lutou tanto para isso, muitos morreram por isso. O fato é fomos tão bombardeado por escândalos, por posições controversas dos políticos, por tanta porcaria que de um modo geral a população passou a odiar política. Esta acabou sendo resumida em um jogo de interesse criando repulsa nas pessoas, essa bagunça de décadas sem democracia deixou uma política ultrapassada e complexa, que até dá arrepios para acompanhar. Ainda no geral somos um país dominado pela aversão ao governo, por encarar a eleição como obrigação, e isso só facilita o caminho desse bando de políticos sujos, quanto mais fecharmos os olhos mais leis como a da ficha limpa precisaremos alavancar. Mas há também o outro lado, menos popular, o lado que quer fazer desse país um lugar realmente melhor o lado que luta pelo Brasil, mesmo sem sair às ruas, que vê tudo o que está errado, e vê não é porque possuem super poderes, são instruídos, não por isso, vêem porque simplesmente olham, e você tá olhando?