sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Poesias Baratas - Por que Você?


Quando o seus olhos brilhou pela primeira vez diante de mim
O tempo gigantesco e soberano, estacionou
E eu senti que você estaria em minha vida
No primeiro instante que ouvi sua voz
Descobri o que é a verdade inviolável
Quando senti o seu toque
Fiquei maior que o universo, explodindo de ilusão
Eu não sabia o que era, o que iria acontecer
Mas eu sabia que seria infindável.
Escondi-me dentro de mim
Fugi para o canto mais sombrio
Ignorei o ignorável
Enterrei tudo o mais fundo que pude!
Mas bastava ver o seu sorriso
Bastava, respirar esse seu jeito meigo
Que a fúria dentro de mim arrebentava o meu peito
Destruindo os meus alicerces, devastando as minhas flores
Afoguei-me em meu mar já seco.
Eu só lhe peço que enfie sua mão dentro do meu corpo
E arranque o meu coração, sem me tocar
Que agarre os meus olhos com força
E sugue a minha alma corrompida, sem eu perceber
Pra que vague por aí sem você.
Liberte-me, para que eu possa renascer
Fique longe de mim, desintoxique a minha mente
Esqueça o meu caminho, deixe eu me arrastar
A dor já não tem mais sentido
Eu já não sinto mais o sentido
Eu já não vejo o que preciso ver
Eu já não ouço o estrondo da solidão
Devolva-me ao passado ao qual sempre me escondi
Me Teletransporte para outra dimensão
Ou simplesmente segure a minha mão. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Poesias Baratas - Fogo em mim


Te amo, te quero
Mas nem sempre você pode estar aqui.
Te desejo, espero o seu toque
Mas você não vem.

Porque gosto tanto de você
E não posso te ter.
O meu corpo te anseia
E as horas me devoram.

Eu procuro você em cada canto
E só encontro o seu perfume
Lembro-me do seu olhar
E a saudade me golpeia.

O que me consome
É o que me alimenta
Na fogueira de meus sentimentos
O que queima me alenta.

Esteja ao meu lado
Abrace a minha alma
Olhe em meus olhos
E devore o meu ser.

Volte sem ter partido
Fique sem ter chagado
Diga o que preciso ouvir
Fale o que não precisa ser falado.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Texto - Morri e Voltei.

 Hoje dia 24 de fevereiro acordei de um sonho incrível e tão intenso, que fiquei minutos atordoado, e antes de voltar a dormir decidi escrever este texto, com medo de depois não poder mais.

      Em um lugar distante, meio sem saber das coisas começa o sonho, eu estando em um ônibus simples, tudo meio confuso como são os sonhos, e logo saltei pela porta do veículo, num lugar simples, parecendo familiar e ao mesmo tempo diferente, uma mistura de campo, no interior, com praia, um lugar que me levou as lembranças da infância. Me lembrei agora, antes de dormir estava relembrando de uma vez que fui a praia com minha família, onde em certa hora queria chegar a umas pedras  em meio ao mar, queria ir de qualquer jeito e insisti com minha irmã que estava comigo. “Vamos. Vamos!” Eu queria que nós atravessássemos andando pelo mar, em meio as ondas fortes, para chegar as pedras da ilhota, umas dezenas de metros nos separavam, uns pescadores estavam fazendo isso, parecia tão simples e seguro, que a vontade me tentava, mas o medo também me segurava e buscava apoio da minha irmã para ganhar coragem. As ondas batiam fortes contra as pedras, demos alguns passos, e me lembro que estava doido de vontade pra ir até a ilhota, e o medo me impediu de seguir pelo mar, minha irmã também com medo decidiu voltar. E então pensei em cortar pela mata, em meio as pedras lisas a beira do mar, um caminho íngreme e perigoso, também um desafio. Pensamos um pouco, tentados em chegar num lugar que de longe parecia lindo... E era lindo, tentador, mas o medo. Este sentimento que se contrapõe as vontades, as perguntas, mas se eu fizer isso? Tantas coisas ruins podem acontecer... Os anseios, quanto ao futuro, dominaram a minha mente e o medo venceu. Uma mistura de frustração e alívio me tomou, a vontade era tanta, queria que minha irmã me desse coragem, bastaria ela dar um passo, tanto rumo ao mar quanto rumo ao caminho pelas pedras, que o medo perderia e eu teria coragem, mas... Voltando ao dia do sonho, lembro-me que a noite, antes de ir dormir estava pensativo, avaliando os rumos da minha vida, pensando em quantas coisas eu sempre quis fazer e não fiz, das vontades que eu sufocava e escondia, de como minha vida era chata, e me lembro agora que no dia anterior  estava me perguntando se a minha família me aturaria se eu não fosse um parente. Meu mau humor, meu jeito meio doido, impulsivo e muitas vezes egoísta, não irritava a todos, a ponto de se distanciarem de mim. Voltando ao sonho, ele foi curto, mas intenso e quando acordei estava feliz e em paz. Meu coração parecia mais leve, as angústias que estavam comigo quando fui dormir não as sentia mais.  No sonho logo depois que deixei o ônibus cheguei numa espécie de confraternização à beira mar, uma praia cheia de gente, que andavam pelas ruas felizes. Eu também estava feliz e em paz, quando de repente encontro andando de bicicleta alguém conhecido, esta pessoa estava muito diferente, mas eu a reconheci, ele parou me estendeu a mão, eu feliz disse. “Você está aqui”. Lembro que pensei, mas esse cara já morreu, ele dizia alegre para as pessoas em volta. “Mas o Fernando ta aqui!” Eu estava confuso, achando que tudo aquilo era real, e será que não era? Aquele homem que encontrei, o conhecia deis da infância, uma pessoa que aprontou muito, fez muita coisa errada, prejudicou algumas pessoas, roubou, e que sofreu muito antes de morrer. Definhando na cadeia por várias doenças, e dias antes de morrer, muito doente foi entregue a família para morrer em casa.  Eu apertei a mão daquele homem sorridente e em paz consigo mesmo, me dando conta do que estava acontecendo. Eu havia morrido!!! Olhei direito ao redor e vi mais algumas pessoas que tinham morrido, vi muitos idosos alegres e falantes, vi pessoas das quais não conseguia me lembrar de onde as conhecia. Então, virei as costas e comecei a voltar pelo caminho que  tinha vindo, e repetia freneticamente, “Preciso voltar! Preciso voltar!” Todos me olhavam sorrindo e diziam. “Mas você não pode!” Eu ignorei os sorrisos, para mim estranhos e ameaçadores e comecei a correr tentando voltar. “Preciso voltar! E minha família como ficará? Preciso voltar para eles!” Era só o que pensava, passei por várias pessoas, lembro que desci uns degraus de madeira e sai da varanda simples a beira mar, e fui em direção a uma ladeira íngreme, uma rua de terra. Conhecia aquelas ruas, um lugar com muito verde, animais soltos pela rua, um ambiente rural, como as lembranças doces da minha infância. Lembro ouvir as pessoas rindo felizes, rindo não de mim e sim da minha ingenuidade em querer voltar, e uma senhora de idade disse. “Não tente voltar, seu lugar é aqui, você não pode voltar” Agora me lembro, estava cercado de idosos de sorrisos cansado e felizes, eles insistiam para eu não tentar voltar. Eu tentava subir a ladeira, mas algo me impedia, eu não conseguiria mais correr, lembro-me de passar por um casal desses idosos e quando dei às costas as eles, a senhora falou rindo da minha inocência. “Ele quer pegar a nave de volta.” Disse como se fosse algo impossível, mas eu lembro saber que precisava voltar de qualquer jeito, mas o medo de não conseguir me apavorava, mas por outro lado a beleza e felicidade naquele lugar me tentavam a ficar. O medo presente em minha mente às vezes deixava de ser apavorante, e eu quase desistia. Mas precisava voltar e queria mais que tudo voltar, quando olhei ao meu redor, eu vi algumas pessoas na ladeira, que tremiam em pé, indo de um lado para o outro tentando subir a ladeira, mas não conseguiam voltar, não saiam do lugar, não iam em frente. Algumas desistiam e voltavam para alegria das pessoas na praia e na varanda. Então senti que algo também me segurava, e eu fazia e fazia força, mas quase não saia do lugar, era como se dezenas de pessoas me segurassem, meus músculos pareciam travados, não sentia dor, mas algo queria me deter. E eu dizia pra eu mesmo escutar. “Preciso voltar”.  Queria mais que tudo seguir em frente, voltar, tinha medo, mas no fundo eu sabia que se não desistisse, se eu quisesse com todo o meu corpo, eu conseguiria voltar.  Então me lembro de estar na cama, lutando contra aquela paralisia do meu corpo, contra aquela força que não queria me deixar voltar. Estava me contorcendo, gemendo, tinha tempos que tudo ficava escuro, e para a praia calma eu voltava. Mas insistia, lutava, lutava. “Tenho que voltar!” Depois de muito esforço, eu tinha a percepção que estava em minha cama, sabia e dizia. “Tenho que levantar!” Lutava ferozmente contra a força que ainda me segurava, mas eu estava determinado e sabia que conseguiria, não podia ficar lá! Começo a me virar e agarrar os lençóis, a lutar comigo mesmo, começo a ouvir a minha voz. Em meus pensamentos repetia: “Preciso vencer meus medos! Deixar de ser covarde! Fazer o que quero! Seguir o meu caminho, aquilo que sinto em meu coração! E não posso deixar esse mundo me sufocar! Tenho que ser uma pessoa melhor! E os meus medos aos poucos me transformam em uma pessoa ruim, uma pessoa frustrada e inquieta.” Lutava para acordar, eu queria acordar. “Tenho que tratar melhor as pessoas, preciso dizer a minha família que os amo, e que eles são tudo para mim, não posso deixar o medo me corroer.” Então lembrei... Daquele dia, lá na praia com minha irmã, eu sabia que aquela ilhota, distante, era linda, eu via pessoas chegando até lá, mas meu medo me impediu. Eu sabia qual era o meu caminho, mas estava esperando alguém pegar a minha mão e me atravessar, no caso a minha irmã, minha família sempre estaria comigo, me apoiando me dando forças, mas o primeiro passo tinha que ser meu, se eu queria atravessar o mar e chegar a ilhota, cabia a eu escolher o caminho. Talvez o mais rápido e mais perigoso, talvez o caminho mais longo, mas mais árduo. Então acordei... Abri os olhos e levantei da cama correndo, ofegante. “Voltei! Consegui! Graças a Deus!” Me senti livre e corri em direção à porta do quarto, fui até a cozinha, tomei um copo de água no escuro, e a porta de casa estava aberta, eu vi a praia. Soltei um espasmo e percebi que havia me enganado, que ainda estava na cama, lutando pra levantar, percebi que meu medo tinha tentado me enganar, me ludibriar, me dando falsas esperanças e falsos caminhos. O medo pareceu que ia vencer, eu estava lá, parado na ladeira íngreme de novo, cansado. Acho que não vou conseguir voltar, parece que meus medos venceram de novo, a ilhota estava longe de novo, e os caminhos para chegar lá, eram difíceis, instransponíveis. Então me acalmei, pensando em desistir, talvez a tranquilidade da praia fosse melhor, não era o que eu queria, mas era o que eu tinha, era o lugar onde eu podia estar, tranquilo, lindo, vou me acostumar. Meu coração bateu lento e forte, a calma tomou meu corpo, falei com meu medo. “Medo! Se o mar te apavora, não vou me jogar sobre as ondas revoltosas, vou aprender a nadar. Medo! Se o caminho é árduo, íngreme e escuro, prometo que não vou sozinho. Medo! Vou te dar paciência, pra você não penar. Medo! Não me paralise, me ajude a Caminhar. Ande comigo, não corra de mim, não esteja na frente ou atrás, esteja ao meu lado.” Eu abri os olhos, levantei calmamente, estava tranquilo agora, sai do quarto, fui a cozinha, no escuro, tomei um copo de água, caminhei em direção a porta, toquei a maçaneta e a porta estava fechada, sorri diante dela. Tudo estava quieto, sentei no sofá, fiquei pensativo por um tempo, a sala estava iluminada pela luz de fora, e decidi voltar a dormir, ao deitar fiquei pensando no ocorrido, por um instante tive medo de deitar, de ter morrido e voltado, e se deitasse poderia não ter outra chance de voltar, mas o medo logo passou, e meus olhos encheram de lágrimas.  Pensei não posso dormir, então voltei à sala e comecei a escrever este texto, a contar essa experiência tão real e fantástica, que mudou a minha vida. Meu subconsciente me avisou, me fez olhar pra dentro de mim, ajudou a curar minhas feridas, e hoje sei que meus medos continuam lá, mas não me segurando, ou me frustrando, e sim ajudando eu a escolher um caminho melhor. Meu medo, aquele que fez eu escrever tão de imediato esse texto, não foi o da morte, e sim o de esquecer essa experiência fascinante. Depois, analisando melhor o ocorrido sei... Morri sim, pois mudei, enxerguei, e hoje sei que a vida é assim, renascer a cada dia buscando escrever dias mais e mais felizes.   

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Poesias Baratas - Garoa fina

     Quando o meu olhar encontrou o seu
A fúria da tempestade que me cercava
Em uma garoa fina se transformou
Meu mar nebuloso se clareou
E o sol e a garoa fina, juntos dançaram.

Esperava uma fagulha em meu peito
Despertei com meu corpo a incendiar
Espera um simples sinal das estrelas para me contemplar
E um dia acordei com uma delas diante de mim, a me iluminar
Lançando os meus sonhos mais lindos diante de meus olhos.

Um toque seu, toca a minha alma
Um beijo seu, torna-me indestrutível
Ao sentir o seu rosto com minhas mãos, meu coração se conforta
Tenho um exército ao meu lado, quando tenho o seu abraço.     
Ao acordar e encontrar o seu sorriso, sei que encontrei a felicidade

Só posso querer que este instante seja eterno
Que os segundos, os minutos, as horas não passem
Que meus sonhos não me acordem
Que a chuva seja doce e que os dias sejam ensolarados
Que o brilhar de sua estrela nunca se acabe.

Se a garoa fina insistir em cair, sei pra onde olhar
Sei que o sol mesmo escondido, sempre irá brilhar
Se a tempestade furiosa voltar,
Sei que os braços da minha estrela estarão abertos
Esperando para me afagar.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Poesias Baratas - Arrependimento de Amar

Eu me distraio com o seu sorriso
Eu tropeço em minhas mágoas
Nosso nome cravado em uma árvore sempre estará
Você parte de mim sempre fará
Eu segurei a sua mão firme
Mas a vida me fez a deixa escapar
Fui fraco por não ver o óbvio
Te amei! Te amo!
E pra todo o sempre vou te amar.

Eu me distraio com o seu perfume
E esbarro neste meu orgulho besta
Nossas vidas entrelaçadas no passado sempre estarão
Você é a parte de mim que me falta
O doce toque de suas mãos
Nunca mais nesta vida sentirei
Sou fraco pra dizer o óbvio
Ainda te amo!
Hoje sei que o medo lá atrás me dominou impedindo de te amar.

Eu me distraio ao te ver passar
E me torturo, insisto em me sufocar
Nosso amor antes era só seu e hoje é só meu
Você é a parte de mim que antes não fui capaz de enxergar
 Os seus lábios que me levavam a um mundo maravilhoso
Nunca mais poderei provar
Serei um covarde por fazer o óbvio
Continuar a te amar!
Por que não te amei quando podia te amar?

O tempo passa amargamente, o futuro cobra o passado  
O medo sempre mostra um futuro negro
Deveria ter fechado os olhos
E só em sua mão ter me concentrado
Deveria ter me entregado
A coisa mais linda que existe
Simplesmente “amar!”
A vida passa... Arriscar leva ao desconhecido
Hesitar leva a calmaria que o tempo transforma em dor.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cinema - Anima a Ação?

Há anos os mais pessimistas criticavam os filmes em animação, que num futuro não muito distante poderiam acabar com a necessidade de atuações reais, já que em animação a liberdade sobre os movimentos e cenários é total. Seria o início da extinção dos atores? Programas sofisticados capazes de criarem com muita perfeição expressões faciais, capazes de manipular a voz e até mesmo criá-las, com um grau de liberdade fantástico. O filme em animação e futurista Final Fantasy: The Spirits Within, lançado em 2001, onde sua estória passa-se em 2065 tratando de uma invasão de espíritos alienígenas na Terra, trazia a proposta de criar personagens gráficos mais que reais. Como a personagem principal a cientista Drª. Aki Ross construída graficamente com tal perfeição muito próxima da real. Os programadores construíram 60 mil fios de cabelo e eram capazes de dominar cada um deles fazendo este se movimentarem ao sabor do vento, criando cenas bem reais. O futuro promissor e fantástico dos filmes em animação não chegou, os filmes caros e trabalhosos, ficavam inviáveis sem atores de verdade, uma coisa fria com o resultado muitas vezes não alcançado. O mundo mudou e o cinema entrou em um novo estágio, unindo o poder de fantasiar os mais diversos mundos e cenários, o ponto forte de uma animação, a liberdade de criação, com o talento extraordinário dos atores. Uma nova era de animações abri-se, um mundo mais que fantástico, utilizando os mais altos recursos da tecnologia gráfica com a liberdade e vantagem de ver o desempenho de um ator mudando o foco da interpretação, buscando novos caminhos, testando, interagindo com o diretor, com ambos fazendo a emoção acontecer. Em um filme em animação a cena pronta passaria por inúmeros processos de construções gráficas e depois de prontas, se o resultado não era o esperado refazer era inviável, por causa do auto-custo e grande tempo demandado. Com os atores em um ambiente controlado buscar a interpretação e marcação real dos atores fica mais fácil, a brincadeira de fazer um filme deixa de ser subjetiva. Hoje com a nova tecnologia levada a níveis extraordinários por  James Cameron  criador e diretor do filme futurista Avatar, lançado em 2009 parece ser a nova aposta do cinema. Este filme com enredo localizado no ano 2154 e é baseado em um conflito em Pandora, uma das luas de Polifemo, um dos três planetas gasosos fictícios que orbitam o sistema Alpha Centauri. O desenvolvimento de Avatar começou a ser trabalhado por James Cameron em 1994, tendo escrito o rascunho de um roteiro, com cerca de 80 páginas, e seria o seu primeiro filme após Titanic (1997). As filmagens deveriam ter sido iniciadas logo após esse filme, e Avatar seria lançado em 1999, mas, de acordo com Cameron, a tecnologia necessária para produzir o filme a partir de sua visão ainda não estava disponível. A língua na´vi utilizada durante o filme começou a ser criada em 2005 pelo linguista Paul Frommer, e Cameron iniciou a finalização do seu roteiro e universo ficcional no início de 2006. O tipo de animação utilizada neste filme consiste em um ambiente completamente monitorado por câmeras especiais e sensores. Os atores cobertos por sensores no rosto e corpo atuam, depois os movimentos são levados e trabalhados a parte gráfica em cima dos movimentos captados dos atores e as animações são feitas. O cenário de atuação é uma sala imensa e vazia, coberta por sensores, um ator pode ser vários personagens diferentes, pois a sua aparência não importa e o que importa são os movimentos. Como é o caso do filme em animação As Aventuras de Tintim (2012), uma produção fantástica de Peter Jackson com a direção de Steven Spielberg. Jackson utilizou as técnicas de animação com a utilização de movimentos reais nos filmes O Senhor dos Anéis (2001) para criar o personagem Smeagol, uma criaturinha muito feia por sinal, e também no filme King Kong (2005) pra dar vida real ao gorila gigante do filme. Spielberg buscando aprender a técnica e trazê-la para sua produtora de cinema montou a parceria com Jackson. Parceria esta fantástica, que gerou o filme baseado na série de histórias de quadrinhos As Aventuras de Tintim. Spielberg e Jackson declararam ser fãs incondicionais da estória em quadrinhos, o motivou mais a parceria. Os quadrinhos de As Aventuras de Tintim foram publicados inicialmente em francês foram criados pelo autor belga Hergé e foram desenhados em Portugal. O herói das séries é o personagem Tintim, um jovem repórter e viajante belga. Ele é auxiliado em suas aventuras desde o início por seu fiel cão Milu. Os dois apareceram pela primeira vez em 10 de janeiro de 1929, no Le Petit Vingtième, um suplemento do jornal Le Vingtième Siècle destinado ao público infantil. Mais tarde, o elenco foi expandido com a adição do Capitão Haddock, entre outros personagens pitorescos. O filme apresenta exelentes gráficos e em senas mais escuras as imagens realmente parecem reais. O filme As Aventuras de tintim é uma aventura que oscila entre a seriedade de um filme com um vilão bem mau encarado e a comédia pastelão que agrada as crianças. E o resultado é que acaba acontecendo cenas fortes e adultas além da compreensão do mundo infantil e cenas de pastelão, usadas discriminadamente, que vão um pouco além da tolerância dos mais crescidinhos. Mas o filme é uma ótima diversão e parece inaugurar a nova era do cinema com filmes de excelentes gráficos em 100% de animação utilizando a interpretação real dos atores como base para as cenas.